Sem sombra de dúvida, o principal princípio que me norteou desde que entrei pela primeira vez numa sala de aula, para tentar minimizar o trauma daqueles alunos que ali estavam, tentando não se abaterem diante de uma montanha de informações, que eles julgavam nunca ter condições de dominar adequadamente.
Como os campos de conhecimento são vastos e cada um deles abre uma porta para outro mundo, ainda mais complexo, não é possível guardar tantas informações, ao ponto de se saber tudo, mesmo com QI elevado. Aliás, se me permitirem um pequeno desabafo, esta estória de QI alto é racista, e não tem nada a ver com isso. Eu posso falar por mim mesmo: quando adolescente, eu só queria saber era de futebol na rua, as minhas notas no colégio e depois na faculdade eram, na sua maioria, regulares ou ruins. Nada disso me impediu de tomar jeito na vida, aos 21 anos e meio, mais ou menos, terminar a faculdade, me tornar professor universitário, mestre e depois PhD na minha área de estudo. Gênio??? Pois sim, posso lhes garantir que não!
E enquanto na sala de aula, as coisas para o professor podem ser relativamente mais fáceis, a partir do instante que a platéia e as suas limitações naturais são conhecidas, diante do público leitor esta tarefa é bem mais complicada. O problema psicológico, entendo eu, é que ninguém gosta de sentir os jargões da tecnologia jogados na cara, às vezes até por interlocutores que eles mesmos sequer entendem direito o que estão dizendo.
E por isso, antes de ir adiante, eu já quero deixar bem claro ao leitor o seguinte: 1 – ninguém nasce sabendo; 2 – a gente cresce e morre, sem saber tudo; 3 – a satisfação da conquista é diretamente proporcional ao esforço para consegui-la; 4 – eu estaria sendo mentiroso e pretensioso, se dissesse que conseguiria resolver isso num espaço restrito como esta coluna! 5 – eu não estaria mentindo se afirmasse que se eu consegui conquistar alguma coisa na vida, qualquer um com a mesma vontade também pode!
A alta tecnologia de áudio e vídeo passa antes por conceitos da Física, e depois por conceitos da informática. Sim, amigos, meu velho professor de Física tinha razão: é pelo domínio desta disciplina que a gente entende muita coisa da rotina do dia-a-dia, e no caso seriam os campos da acústica, eletricidade e da ótica, que têm uma prevalência acentuada, para qualquer coisa relativa ao que a gente costuma chamar de “moderno”. E recentemente, com os avanços em microprocessadores, se torna imperativo ter pelo menos uma noção básica de termos que a informática impôs ao usuário.
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